quinta-feira, 18 de abril de 2013

Crianças estressadas


Sim, as crianças também sofrem e se estressam! Um desafio para os pais e também para os que estão em volta é perceber isso, como acontece, quais os sinais, as motivações. O que passa no coração e na cabeça desses pequeninos? Passando por uma semana de momentos tensos com um dos meus pequenos, procurei entender mais sobre o fenômeno para poder intervir melhor. Pesquisando sobre o assunto, descobri uma entrevista de uma psicanalista que atua na área no Blog Fale Comigo, da Luciana Saddi, na Folha de São Paulo. 

Na entrevista, a psicanalista psicanalista Sandra Moreira de Souza Freitas diz que criança sofre – e sofre muito. E quanto mais sofre, menos brinca. E quanto menos brinca, mais sofre. 

Lembrei também de uma reportagem que fiz em 2009, quando era repórter do Diário do Nordeste, sobre estresse infantil.  Reproduzo abaixo os textos de  "Pequenos estressados" e "Sem tensão na escola".


Pequenos Estressados


O ESTREITAMENTO DOS LAÇOS ENTRE PAIS E FILHOS É UM ANTÍDOTO PARA OS ESTRESSES QUE OS ATINGEM

As famílias brasileiras estão transformando suas crianças em pequenos adultos. Cada vez mais cedo, os filhos assumem responsabilidades; recebem a tarefa dos pais de serem os melhores em tudo; sentem o peso de problemas de gente grande e vivem sozinhos, desacolhidos pela ausência dos pais em casa.

O resultado disso são crianças estressadas. Engana-se quem pensa que o estresse é coisa de gente grande. Os pequenos são esponjas: absorvem tudo o que está à sua volta. E quando falha o filtro que deveria ser comandado pela figura dos pais, eles realmente sofrem.

A mudança de comportamento é o principal sinal de alerta. Na maior parte das vezes, conforme o médico pediatra Álvaro Madeiro Leite, doutor em Pediatria, essa noção de estresse está muito ligada à família e não existe propriamente condições biológicas, doenças que levem a isso. "Está mais relacionado ao modo de constituição das famílias, como elas podem se dispor para cuidar e dedicar-se aos filhos. O estresse na criança está ligado à não confirmação da sua condição de pessoa", destaca.

As manifestações do estresse infantil podem ser diferentes. Segundo o médico, nas crianças mais vulneráveis do ponto de vista socioeconômico o problema está ligado à falta de horizonte da família e da mãe. "É como se diz no imaginário: os pais são os heróis dos filhos. Imagine um filho pedindo um bombom ou um presente que os pais não podem dar. Depois de sucessivos pedidos e negativas, isso vai conformando as suas emoções, ao ponto de que ele emudece, não pede mais. Se tiver arroz, ele come; se não tiver, não faz diferença. Esse estresse é expressado pelo emudecimento, é o menino que não dá trabalho, sem demandas, sem desejo, é o menino que não tem força para fazer as coisas de crianças", explica o pediatra, o que esse emudecimento está mais próximo de uma tristeza profunda ou depressão.

Já outra situação, mais relacionada com a classe média-alta, é a da criança sem audiência, que não consegue ser ouvida. "Ela quer ter voz e a oportunidade de que alguém lhe diga o que pode ou não fazer. Como a criança não tem essa pessoa que lhe diga isso, fica perdida na dimensão de auto-controle, porque não sabe se conter", diz.

Uma manifestação disso, conforme Álvaro Madeiro Leite, é a hiperatividade. Uma parte dela, por exemplo, está ligada ao estresse de não ser escutada, de não ter um lugar na família. "Os pais, às vezes, têm um projeto de vida de ganhar dinheiro, trabalhar, estudar, etc, e os filhos ficam sobrenadando diante desse cenário. Que lugar essa criança ocupa na família? Essa criança rapidamente sente, pressente, o lugar que ela tem no desejo da mãe e que lhe está destinado".

A dúvida se está ou não dentro do "coração da mamãe e do papai" é algo que desestabiliza os pequenos. Para o pediatra, a insegurança que aflige a criança não se resolve através da fala, pelo mero dizer de palavras, mas pelos comportamentos dos pais. "Isso está na base da desorganização da sociedade. Crianças criadas desse jeito não têm autoestima, não se sentem capazes. O estresse se manifesta de uma série de outros mecanismos que não seja só gritando. Antes de ser uma doença biológica é, na maior parte das vezes, contextual, da família e da sociedade". Por outro lado, Dr. Madeiro destaca que alguns filhos são tão apoderados pelos desejos dos pais que não conseguem produzir os seus próprios desejos. E isso pode ser socialmente estressante.

"A criança nasceu para ser médico, dono da empresa, continuar o nome da família e, na verdade, ela quer dançar balé, ser cantor, ter uma banda de rock e a liberdade de produzir a sua vida". Uma boa parte da classe média, segundo ele, ocorre no equívoco de o filho ser a extensão de um desejo dos pais. "A família só desperta quando a criança está muito ruim, com mau desempenho escolar ou quando os pais começam a passar vergonha na presença de outros pelos chiliques e birras do filho", disse.

Fique por dentro

Preocupações de gente grande
Perder os pais é o maior medo de 98% das crianças brasileiras e a maior preocupação, para 96% delas, é conseguir um bom emprego. Estes são dados de pesquisa divulgada em novembro do ano passado que revelou que a criança brasileira é a mais estressada entre representantes de 14 países (Argentina, China, Dinamarca, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Japão, México, África do Sul, Suécia, Inglaterra e Estados Unidos). A pesquisa foi feita pelo canal televisivo de entretenimento Nickelodeon, com 2.800 crianças, na faixa etária dos 8 aos 15 anos.

Intitulada "Equilíbrio Emocional da Criança Brasileira: o que pensa, com que se preocupa, como age e o que espera do futuro", a pesquisa mostrou que 95% dos meninos e meninas entrevistados também disseram se preocupar em agradar aos pais, 88% em tirar boas notas e 66% se preocupam em não engordar. Além de assistir TV e ouvir música, 32% das crianças elegeram chorar como válvula de escape para o estresse.

O sentimento de segurança e o medo e como eles interferem na construção do comportamento dessas crianças, a relação com amigos, família e cultura, as expectativas de futuro, de oportunidade e o quanto elas são expostas e absorvem isso foram os principais assuntos abordados.
 

Sem tensão na escola

Apesar de estabelecer uma forte relação com a família, o estresse infantil também pode ser desencadeado na escola, entendida como um espaço importante de socialização e, por isso, de tensão. Clima de competições, tarefas excessivas e cobranças, relação com colegas e com os professores também podem criar situações desfavoráveis para as crianças.

A psicopedagoga Ana Ásia Almeida explica que a metodologia, o espaço físico a relação professor-aluno podem ser pontos de tensão. Isso porque, na faixa etária entre cinco e 13 anos, principalmente após o período de alfabetização, aumentam as cobranças pelos resultados satisfatórios e, se a metodologia adotada impulsionar essa competição, pode criar situações desgastantes para a criança.

"Notas, quadros de honra, medalhas podem ser estressantes para uma criança. Entre sete e nove anos de idade ainda não existe maturidade para viver essa competição", explica, acrescentando que, apesar de algumas famílias gostarem desse tipo de oferta, se não houver um suporte para a criança, pode desencadear frustração e baixa estima. Outro ponto destacado pela psicopedagoga, é a questão do espaço físico. Ela ressalta que toda criança necessita de tempo e espaços para brincar, se sentir livre, correr e explorar os lugares e situações. "Brincar proporciona um melhor processo de aquisição cognitiva", explica.

Algumas atitudes, como encher os filhos de atividades, visando que ele seja "melhor em tudo" e se prepare melhor para o futuro, conforme a psicopedagoga Heloisa Maria Câmara de Sena, mestre em Psicologia Social e da Personalidade, acontecem numa tentativa dos pais tentarem satisfazer seus desejos transferindo responsabilidades para as crianças. "Vemos, com muita frequência, pais que matriculam seus filhos na educação infantil, já preocupados com o tempo do vestibular. Essa preocupação não existia antes, as crianças e os pais, talvez porque as mães estivessem mais em casa, eram mais livres", comenta.

Cognição

Além disso, Heloisa Câmara explica que é na primeira fase da infância quando a personalidade se solidifica e preservar isso é muito importante para um desenvolvimento saudável do ser humano. "Por maior que seja a capacidade cognitiva, se a criança não estiver bem emocionalmente, ela não aprende. O desenvolvimento cognitivo e emocional caminham juntos. O processo de aprendizagem envolve muitas dificuldades, e se a criança tiver em casa um porto seguro, no sentido de acolher, de estar ao lado, ela vai se deparar com essas dificuldades e superá-las", disse.

Dentro dessa lógica, a mãe de duas meninas - Mariana, de seis anos, e Carolina, de três anos- pedagoga Renata Régis Bezerra Silva busca fazer com que as filhas tenham "o seu tempo", deixando-as brincar bastante, ao invés de preencher o dia com atividades extracurriculares.

Renata relata que percebe situações estressantes no comportamento das filhas quando elas estão cansadas. "Quando saem da rotina, dormem tarde, fazem muitas atividades, ela s ficam estressadas. Para combater isso, procuro deixá-las sem muitas obrigações, com muito tempo para brincar e exercer a fantasia", disse Renata.

Professor-aluno

Outro ponto que pode ser estímulo para o estresse, conforme a psicopedagoga Ana Ásia Almeida, é a relação entre professor e aluno, considerada um pilar na aprendizagem. "Da mesma forma que pais estressados geram crianças estressadas, com os professores acontece da mesma forma", destaca.

Manter um olhar atento sobre os professores, não só como profissionais, mas como seres humanos, conforme a também psicopedagoga Heloisa Maria Câmara de Sena, é importante para que as dificuldades emocionais sejam cuidadas e não gerem problemas em sala de aula.

"É importante que as escolas tenham essa percepção e invistam na comunicação, integração em todos os sentidos para que os profissionais se sintam bem. O educador precisa estar bem se conhecer melhor para que não leve questões pessoais para a criança. Precisa estar livre", finaliza Heloisa Câmara.

Entrevista
*JOÃO VICENTE MENESCAL"As famílias tratam suas crianças como adultos em miniaturas"

Como as crianças são atingidas pelo estresse?

Da mesma forma que os adultos, as crianças também sofrem com situações estressantes. O que mais observamos é que existem muitas cobranças em torno dela e uma pressão pelo seu bom desempenho em casa e na escola. Se observarmos, há duas décadas atrás, ainda nem se pesquisava sobre o assunto, pois as pessoas tinham uma vida muito mais tranquila. Não é só a pressão pelo sucesso, mas também a rapidez com que as coisas acontecem na sociedade e consequentemente na vida da criança. Precisamos de tempo para nos perceber e, com a criança, é do mesmo jeito.

A dinâmica familiar interfere nesse processo?

As famílias, muitas vezes, tratam suas crianças como adultos em miniaturas, fazendo muitas cobranças para serem bons alunos, bem comportados, melhores em tudo. Preenchem o dia inteiro das crianças com atividades, como línguas, esportes, aulas extras e não se dão conta da importância de ser criança mesmo, de brincar de não ter grandes responsabilidades.

Os pais estão alerta a esse problema da sociedade moderna?

Existem dois tipos de pais: aqueles que conseguem dar atenção de qualidade ao seu filho e aqueles que não conseguem. Os filhos que têm melhor assistência dos seus pais conseguem diluir o estresse com o suporte que recebem. Já os pais que, por algum motivo, não conseguem estar mais próximos, criam uma relação de troca e não de diálogo com seus filhos.

Os pais sobrecarregados não se percebem como sujeitos e também não percebem seus filhos. Um exemplo foi o caso daquela mãe que esqueceu o filho dentro do carro em São Paulo. Ela já estava tão engolida pela correria da rotina que, quando teve uma alteração, não teve tempo de elaborar isso e esqueceu o filho dentro do carro. A falta do espaço para o diálogo e conversa, convivência como brincar, dar banho, alimentar, afasta os filhos dos pais e é nesse espaço que se formam laços afetivos que vão se prolongar pelo resto da vida. É quando os filhos entendem que os pais são seu porto seguro.

Como a criança demonstra que está estressada?

A mudança de comportamento é um dos principais indícios. Pode acontecer de ela ficar mais reservada, sem querer conversar; mais choro; insegurança; tristeza; problemas na escola; surgimento de dores, como de cabeça e barriga; irritações. Assim como os adultos, as crianças também demonstram ficar estressadas, mas diferentemente deles, elas não verbalizam esse sentimento.

Quando os pais devem procurar ajuda profissional?

Alterações de comportamento são sinais de alerta de alguma situação desfavorável. Quando as próprias crianças e seus pais não conseguem lidar com essa mudança e já não encontram formas de fazer uma intervenção que resulte no retorno à normalidade é preciso buscar ajuda de um profissional, que vai atuar como um mediador dessa situação e auxiliá-los a superar a fase problemática.

Psicólogo*

domingo, 24 de março de 2013

A aventura de viajar com crianças


Definitivamente não é fácil viajar com crianças. Além de ter morado fora do Brasil com a família toda e ter aprendido um pouco a se virar sem as facilidades e ajuda da família que temos por aqui e já ter feito pequenas, médias e grandes viagens de carro, trem, avião, ônibus com a turma toda, devo dizer que toda nova viagem é um aprendizado diferente.

Para tudo que se vai fazer, é preciso pensar neles.  Não pense que vai ser fácil visitar todos os pontos turísticos, apreciar atentamente aquele museu que você quer muito conhecer, entrar em todas as lojas que encontrar pela frente e experimentar todas as roupas do mundo e ainda finalizar com um café ou drink em clima de romance com o seu amor..... Vai ser quase impossível passar sem um "eu tô cansado", "quando é que a gente vai pro hotel?", "museu, de novo?", "não quero essa comida!"....

Em primeiro lugar, é preciso planejar com antecedência o que se vai fazer, equilibrando os interesses infantis e adultos, lembrando de filas, horários, acessos, etc. Lembro que quando estive em Florença, eu e meu marido queríamos muito ir aos inúmeros museus da cidade, mas não compramos bilhetes com antecedência e nos deparamos com filas em só TUDO! Pagamos mais caro para entrar sem fila. Dissemos para os meninos que aquela era cidade onde viveram Leonardo, Donatelo, Rafael e Michelângelo .... sim, que inspiraram as Tartarugas Ninjas.... Bom, o final é que eles esperaram encontrar as Tartarugas Ninjas em todo canto! Mas elas não apareciam nos museus!

Pois é, imaginem só! No entanto, não nos arrependemos de tê-los levado ao berço da Renascença. As lembranças ficam. E é justamente isso que devemos ter em mente: vai ser legal para as crianças, eles vão se divertir, vai render uma boa experiência?

Diante de tudo isso, eu listei algumas coisinhas que podem ajudar a viagem a ser mais tranquila e inesquecível!

sexta-feira, 22 de março de 2013

Porque as crianças gostam tanto de banheiro?



Meus filhos adoram fazer turismo em banheiros. Apesar de antes de sair de casa eles ouvirem aquela ladainha de quem quiser fazer o número 1 ou 2, que vá logo, não adianta, eles continuam conhecendo banheiros “mundo a fora”. É só avistar aqueles íconezinhos indicativos de lavado, wc, toilette, ou o que valha, que eles querem entrar. Muitas vezes constatei que era muito mais uma curiosidade, para explorar todos os equipamentos como torneiras, dispositivos de descarga, secadores de mãos automáticos ou espelhos, do que necessidade mesmo. Mas eu entrei né...

Apesar de eu dizer quase como uma “psíquica” que não é para tocar nem se encostar em nada, não adianta... se a criatura não estiver familiarizada com os mecanismos e as tecnologias dos banheiros, a primeira pergunta é quase sempre: – Mamãe, como é que dá descarga? Aí já viu, querem explorar tudo. O jeito é se proteger de todas as formas para garantir a mão limpa.

Quando eu era adolescente, tinha uma coisa fantástica chamada Higgfly para as meninas fazerem xixi em pé. A garota propaganda era até a Ivete Sangalo. Nas farmácias, hoje a gente encontra um saco para vestir os assentos sanitários para que as crianças (e até nós mesmos) possamos sentar, caso seja necessário.

Mas o meu kit perfeito é: Proassento (os plásticos de vestir os assentos sanitários); álcool em gel; lenços de papel e lenços umedecidos. E seu eu soubesse onde vendesse aqui em Fortaleza, o Higgfly!

quinta-feira, 21 de março de 2013

Restaurantes para levar a turma toda



Não adianta, os tempos são outros. Cada vez mais, os filhos fazem parte da programação dos pais, inclusive daqueles jantares quando, antigamente, era inconcebível levar crianças a determinados restaurantes. Atentos a essa realidade, os restaurantes estão se adequando. Seguem algumas dicas de locais em Fortaleza, que contemplam atrações, estrutura, e, claro, cardápio para esses meninos e meninas que já têm uma vida social ativa.



Família Del Mare
É um restaurante voltado para famílias, especializado em peixes e frutos do mar, da mesma rede do Cantina di Napoli e Pizzaria Laredo. O playground do Família Del Mare é divido com o Laredo. Funciona bem, as monitoras estão sempre atentas e tem opções de brinquedos de mais movimento e também os tradicionais jogos de viodeogame, filmes infantis no dvd, entre outros. O menu infantil é tradicional, com filet de frango ou carne com purê ou fritas e arroz, além de um filet à parmegiana com espaguete. No entanto, como os pratos são bem servidos, as crianças podem acompanhar o pedido dos pais. O parquinho custa R$ 9,90 por criança.

Avenida Santos Dumont, 2390, Aldeota
(85)3261.8666
facebook.com/familiadelmare

Murano
Cozinha baseada em carnes nobres e pratos contemporâneos. Fica no Pátio Dom Luís, um shopping pequenininho, mas tranquilo. Tem pratos para crianças também (filet de frango e de carne) e o espaço infantil é pequeno, mas bem organizado. Tem videogames, brinquedos de montar, televisão, mesinha de desenho. Não é um restaurante barato, no entanto, é um espaço bem agradável, bacana.


Avenida Dom Luís, 1200 - MeirellesTelefone: (85) 3268.1858
http://www.muranogrill.com.br

Pizzaria Vignoli
Vignoli da Professor Dias da Rocha (reprodução do site)
É um dos locais preferidos da minha turma. Ambiente descontraído, pizza ótima, e, por isso, quase sempre lotado nos fins de semana. Tem várias sedes, mas eu prefiro a da Avenida Virgílio Távora. O parquinho infantil também é pequenininho, tem monitoras, jogos, dvds, almofadas para eles ficarem bem à vontade.Também é pago. No site, tem todos os endereços e fones da pizzaria.

Rua.Prof. Dias da Rocha,430
Avenida Virgílio Távora,10
Rua Frederico Borges, 125
www.pizzavignoli.com.br


Carneiro do Ordones
Mudando um pouco do foco Aldeota-Meireles e seguindo para o lado da Avenida Bezerra de Menezes, no no estilo churrascaria, tem o Carneiro do Ordones, um complexo de restaurantes, com vários estilos de pratos, embora o diferencial seja o carneiro servido de formas variadas. Tem um mini playground  com brinquedos como escorregador, casinha, no Ordones-Carnes e Frutos do Mar,  uma estrutura mais nova que a sede antiga.

Rua Azevedo Bolão, 571-Parquelândia
(85)3261.6576/3281.5959/321.0551
http://www.carneirodoordones.com.br/

Grazie!
Fica no Shopping Salinas. A base da cozinha é italiana, o que significa que as crianças podem adorar. Também tem os tradicionais menus enfant, com filet de frango ou carne, com fritas e arroz. O espaço é amplo, tem videogames modernos, espaço para desenhar e deixar os pais sossegados. Fica no andar de cima do restaurante e tem monitores.
Espaço infantil do Grazie! (imagem do site)


Salinas Casa Shopping
Av. Washington Soares, 909
(85) 3241.1018
http://www.grazierestaurante.com.br/




domingo, 3 de junho de 2012

O Menino que Quase Morreu Afogado no Lixo

Ronaldinho era um menino que tinha uma característica muito comum nos dias de hoje: não gostava de arrumação, de limpeza, nem de colocar o lixo no lixo... Um dia, os pais do Ronaldinho viajaram e ele ficou sozinho em casa.

De dia, a empregada Xuxa ia fazer a limpeza e, à noite, a avó ia dormir lá e fazia todas as vontades do menino. Como ele não curtia essa coisa de guardar a roupa suja no cesto, o resto de comida no lixo e deixava a louça suja espalhada pelos quatro cantos da casa, além de brinquedos amontoados, o lixo foi acumulando, acumulando, até virar uma grande montanha que quase lhe sufocou. Era tanto lixo que ele teve que ser salvo pelos bombeiros.

De tudo saía do seu quarto e, no final da história, quando se buscava culpados para o que tinha acontecido, Ronaldinho, quase sem ar, fez a sua reflexão. Sim, a culpa era dele!!! E passou a cuidar de tudo direitinho e principalmente a fazer triagem seletiva do lixo no seu próprio quarto.

"O Menino que Quase Morreu Afogado no Lixo" é de uma das minhas escritoras infantis preferidas, a Ruth Rocha, e foi adotado pela escola do meu filho. Achei a história fantástica! Como aquela história mexe com eles, como eles se identificam com a necessidade de organizar suas coisinhas e também de ajudar em casa para manter cada coisa no seu canto!

Pois é, quem está querendo dar uma forcinha na organização diária da turma e e também na conscientização da coleta seletiva tem uma boa sugestão para um super pontapé com "O Menino que Quase Morreu Afogado no Lixo".

Ficha: "O Menino que Quase Morreu Afogado no Lixo"
Autora: Ruth Rocha
Ilustrações: Alcy Linares
Editora: Quinteto Editorial
 Páginas: 32

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Jogos para entreter, divertir e aprender

O uso de celulares, pcs e tablets por crianças têm suas vantagens. Pelo menos naquela hora que você está precisando que a criança fique quietinha, mas sob seu controle. Tenho o cuidado de não entregar esses brinquedos tecnológicos nas mãos dos meninos sem vigilância. Isso porque eles mexem tanto, têm tanta habilidade, que podem chegar a caminhos que você não quer ou até que são perigosos, em se tratando de internet.

Mas vamos aos benefícios. Na hora da espera do consultório médico (cada vez mais intermináveis), num restaurante ou ainda numa viagem longa, os jogos podem ser uma ótima. Mas lembrando uma palestra que assisti da psicopedagoga Tâmara Bezerra, um fenômeno em técnicas de contação de histórias, os pais não podem deixar os filhos lerem qualquer livro ou jogarem qualquer jogo. Segundo ela, os pais, considerando toda a sua percepção de vida, cultura, estilo e crenças, devem escolher, pelo menos conhecer o conteúdo, até mesmo do jogos, antes que chegam às mãos dos pequenos. Um exemplo que Tâmara Bezerra mesmo citou na palestra foi de um afilhado que estava jogando videogame cujo objetivo do jogo era atropelar velhinhas e deficientes físicos (acho que era isso....) e a mãe da criança não tinha a menor ideia. Enfim, não dá para deixar por conta deles.

Eu mesma caí no “conto do príncipe” e acabei comprando um livro RIDÍCULO, fenômeno editorial com casca norte-americana, para o meu filho, numa feira de livros promovida dentro da escola. Claro que eu não li antes! Só vi a besteira feita em casa.... o livro é tão “embananado” que ele nem se interessou mais, foi capturado só pela capa e pelo título engraçado. Ainda bem.

Mas o assunto são os jogos. A revista Crescer fez uma seleção de aplicativos de jogos para crianças e também para os grandes disponíveis em smartphones e tablets, como Ipad, Iphone, Nokia, Blackberry, com descrição e classificação de idade. Além de entreter, alguns jogos são pensados para desenvolver habilidades, de acordo com a faixa etária. Depois dessa lista, eu mesmo baixei alguns que são bem legais mesmo. Vamos lá!

(A seleção feita pela Crescer está aí, mas o link da matéria é este http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI302063-10540,00.html )


   ReproduçãoInjini
Recomendado por pais e professores, o Injini tem nove opções de jogos com diversos níveis de dificuldade. Entre quebra-cabeças e sequências lógicas, estimula a fixação da memória, o raciocí n io, noções espaciais e as associações. O game está em inglês, mas é bem intuitivo. Já ganhou prêmios e boas avaliações de especialistas. Só para iPad. A versão lite é grátis (dá acesso a diversas opções) e a completa custa US$ 29,99.
A partir de 2 anos


   ReproduçãoAngry Birds
Sucesso absoluto no mundo tod o, o game dos passarinhos camicases que lutam contra os porcos que roubaram seus ovos estimula a coordenação motora e a concentração - e é tão divertido que as crianças não vão querer largá-lo. Além da versão tradicional, há mais três: Seasons, Rio e a mais recente, Space. Para iPhone e iPad (grátis na versão básica), Android (grátis), Windows Phone (R$ 1,99), BlackBerry (US$ 4,99) e celulares Nokia (grátis). A partir de 4 anos


   Reprodução
Cut the Rope
Nesse jogo, a missão é alimentar um bichinho com doces, usando habilidades motoras - e muita estratégia - para pegar estrelinhas pelo caminho. Para iPhone e iPad (grátis na versão básica), Android (grátis), BlackBerry (US$ 2,99) e celulares Nokia (R$ 5,99). A partir de 3 anos



   ReproduçãoDoodle Jump O objetivo do game lembra o lema de Buzz Lightyear, “ao infinito... e além!”. O jogador precisa ajudar um bichinho a escalar um dos vários cenários do game, cheio de plataformas. Para isso, tem que ter coordenação motora afinada para escapar de obstáculos e monstros pelo caminho. Uma dica: é mais fácil jogar no celular do que no tablet. Para iPhone e iPad (grátis na versão básica), Android (R$ 1,80), BlackBerry (US$ 0,99) e celulares Nokia (R$ 1,99). A partir de 3 anos


 
   ReproduçãoFruit Ninja
Esse jogo é simples e divertido: é preciso cortar ao meio frutas que surgem na tela usando o dedo como uma espada ninja. Exige concentração para não perder as frutinhas e ainda evitar as bombas, que tiram pontos. Para iPhone e iPad (grátis na versão básica), Android (grátis), Windows Phone (R$ 5,99) e celulares Nokia (R$ 1,99). A partir de 3 anos


   ReproduçãoWhere’s My Water 
diversão do joguinho é fazer um caminho para levar água limpa até o jacaré Swampy. Além de estimular as crianças a gostar de tomar banho, o game desenvolve a coordenação motora e a estratégia de forma lúdica, com design bonito e divertido. Para iPhone e iPad (grátis) e Android (grátis). A partir de 3 anos


   ReproduçãoPictureka
A missão de quem joga Pictureka (já sucesso no tabuleiro) é encontrar objetos numa espécie de tabuleiro no estilo do livro Onde Está Wally?. A atividade não é das mais complicadas, mas exige concentração e talvez um dicionário para traduzir os termos pedidos, que estão em inglês (o que pode ser uma ótima chance de aumentar o vocabulário neste idioma).
Para iPhone e iPad (US$ 0,99) e Android (grátis). A partir de 5 anos



   ReproduçãoUno
O tradicional jogo de cartas está também em tablets e celulares. Ao combinar números e cores, aguça o senso de estratégia e a inteligência. Além de despertar o sentimento de grupo quando jogado com os amigos. ara iPhone e iPad (grátis), Android (grátis), BlackBerry (grátis) e celulares Nokia (grátis na versão demo). A partir de 6 anos



   ReproduçãoAsphalt 6
Nesse joguinho de corrida, é preciso ter coordenação motora e senso de direção para pilotar um carro de corrida. Para iPhone e iPad (grátis na versão básica), Android (R$ 1,80), BlackBerry (grátis) e celulares Nokia (R$ 1,99). A partir de 6 anos




   ReproduçãoFairies Fly
De forma bem divertida, as jogadoras usam sua coordenação motora para movimentar o aparelho (fica melhor no tablet) e conduzir a fada Sininho por florestas. Assim ela voa para pegar objetos e desviar de obstáculos. Para iPhone e iPad (grátis). A partir de 3 anos

terça-feira, 8 de maio de 2012

Patinação e segurança

O calçadão da Beira Mar e da Praia de Iracema, em Fortaleza (CE), reformado recentemente, proporcionou uma nova modalidade de diversão e esportes não só para crianças, mas para adolescentes e também adultos mais despojados: os patins.

Diariamente, pessoas de todas as idades estão lá fazendo seus zig-zags, tentando se equilibrar em cima das botas rolantes ou ainda fazendo verdadeiras acrobacias. O mais curioso de tudo isso é que quase ninguém usa equipamentos de segurança, como joelheiras, cotoveleiras, capacetes, luvas de proteção, entre outros. No último domingo, em breve passeio pelo local, vi apenas UMA criança usando joelheira, e presenciei inúmeras quedas.

Meu povo, se eu fosse tentar subir nos patins, tinha que deixar uma ambulância de plantão.... Não é fácil mesmo! A possibilidade de queda é muito grande!

E uma queda de patins ou bicicleta pode ser grave. As estatísticas negativas estão aí para atestar que eu "não estou vendo coisa onde não tem". Segundo dado da ONG Criança Segura (www.criancasegura.org.br), os acidentes, ou lesões não-intencionais, representam a principal causa de morte de crianças de 1 a 14 anos no Brasil. No total, cerca de 5 mil crianças morrem e mais de 119 mil são hospitalizadas anualmente, segundo dados do Ministério da Saúde, configurando-se como uma séria questão de saúde pública. Segundo a Criança Segura, as quedas representam a principal causa de internação entre os acidentes com crianças e adolescentes de até 14 anos no Brasil. Isso quer dizer que a queda caracteriza-se como o acidente que mais gera hospitalização de crianças.


Tudo bem, não estou aqui tentando cortar o barato de ninguém, mas imagine uma queda de cima dos patins ou até mesmo de uma bicicleta. Não importa a idade, provavelmente cotovelos, joelhos, mãos e até face poderiam ser machucados. Os meninos talvez até por serem mais ousados nos patins estão numa situação mais confortável porque usam calças compridas, ao contrários das meninas com seus shortinhos.

Imagino que os equipamentos de segurança não sejam vendidos juntos com os patins ou ainda possam até ser mais caros que eles, mas, na minha modesta opinião, o uso destes acessórios de segurança deveria ser obrigatório e fiscalizado. Assistir a exposição de crianças de diferentes idades a acidentes não é legal.

Vem aí justamente a boa notícia: a Criança Segura diz que estudos mostram que pelo menos 90% dessas lesões caudasas por acidentes podem ser evitadas com atitudes de prevenção. Sai muito mais barato o poder público ou até empresas de planos de saúde fazerem um alerta sobre isso do que só receberem as vítimas e os prejuízos sociais e financeiros que esses acidentes podem trazer.


Conscientização faz muita diferença e nenhuma mãe ou pai vai querer ver seu filho exposto a riscos.
Por isso, abaixo reproduzo dicas da Criança Segura para prevenção de quedas para os nossos pequenos se divertirem sem riscos.

• Use portões de segurança no topo e na base das escadas. Caso a escada seja aberta, instale redes ao longo dela;

 • Instale grades ou redes de proteção nas janelas, sacadas e mezaninos. As redes devem ter espaços de no máximo 6 cm;

• Crianças com menos de 6 anos não devem dormir em beliches. Se não tiver escolha, coloque grades de proteção nas laterais;
 
• Mantenha camas, armários e outros móveis longe das janelas, pois podem facilitar que crianças os escalem e se debrucem para fora do prédio ou casa. Além disso, verifique se os móveis e o tanque da lavanderia estão estáveis e fixos;

 • Ao andar de bicicleta, skate ou patins, o capacete é o equipamento fundamental. Ele pode reduzir o risco de lesões na cabeça em até 85%;
 • Cuidado com pisos escorregadios e coloque antiderrapante nos tapetes;

 • Crianças devem ser sempre observadas quando estiverem brincando nos parquinhos. O risco de lesão é quatro vezes maior se a criança cair de um brinquedo com altura superior a 1,5 m. Verifique se os brinquedos estão em boas condições e se são adequados à idade da criança. O piso deve ser de absorção para a queda, como gramas, areia e borrachões com espessura acima de 3 cm;

• O uso de andadores não é aconselhado pela Sociedade Brasileira de Pediatria. Além de comprometerem o desenvolvimento saudável da criança, podem causar sérias quedas;

• Mantenha uma mão segurando o bebê durante a troca de fraldas. Nunca deixe um bebê sozinho em mesas, camas ou outros móveis, mesmo que seja por pouco tempo;

• Crianças não devem brincar perto de barreiras e barrancos.

Saiba mais:
 
Entre as principais causas de quedas com bebês estão os móveis, escadas e andadores. Este último é responsável por mais acidentes que qualquer outro produto infantil destinado a crianças entre 5 e 15 meses. A maior parte das lesões resulta de quedas em escadas ou simplesmente por tropeços quando estão no andador. Não use andador com rodas.

 A queda de objetos pesados sobre a criança, como televisores por exemplo, também pode causar lesões graves e até a morte. A televisão costuma ser muito atrativa para os pequenos, com tantos botões, imagens e sons. A criança pode tentar mexer sozinha no eletrodoméstico ou mesmo equilibrar-se nele para levantar do chão, causando a queda da TV - ou qualquer outro objeto pesado - sobre ela. Por isso, supervisione sempre a criança, mesmo que em uma atividade a princípio sem riscos como assistir TV. Certifique-se de que os móveis, além de fixos e estáveis, podem suportar bem o peso do aparelho.


(Fonte: Criança Segura- www.criancasegura.org.br)