segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Em busca de um corpo perdido


Um dia, a ficha cai. E cai mesmo. Não tenho o mesmo entrosamento com os espelhos da minha casa como antes. Com pouco mais de uma dezena de quilos a mais, uma silhueta "avantajada" e uma pele de barriga e seios que já foi esticada pela passagem quase ininterrupta de dois meninos, estou hoje aqui querendo voltar a um período de dez anos atrás.

Não dos momentos, mas só do físico. Como é difícil perder peso, fechar a boca para os prazeres dos jantares que ultimamente são os nossos programas mais assíduos e também manter o pensamento focado e fazendo mundos e fundos conspirar em torno da sua hora de ginástica (de seis à sete da manhã, tá bom?!!) e do cumprimento da sua dieta!!! Ufa!

No último domingo, numa saída para pizzaria com mais dois casais amigos e filhos, optei pela salada. E o próximo encontro, num bar de chopp maravilhoso recém-inaugurado, ficou para daqui um mês. E olhe lá!

O fato é que quando os meninos são pequenos, a gente fica tão fissurada neles que deixa muitas coisas para depois. Inclusive a luta contra os quilos ganhos. Eu mesmo, na hora de optar em ir para a academia ou ficar mais um pouquinhos com um deles, optei pelo quê? Claro optei em não ir para academia, caminhar, correr ou qualquer coisa do tipo. Opção consciente, sem arrependimentos. Mas poderia ser diferente, pois hoje sei que é preciso estabelecer o nosso próprio tempo, porque senão somos consumidas pela maior ou menor exigência de seres tão pequenos, mas que ocupam um espaço enorme nas nossas vidas.

Em nenhum momento deixei minha vaidade de lado e acho até que ela vai muito bem. Mas não existe a mesma disponibilidade de antes. Como muitas mulheres, busquei fórmulas milagrosas, "bolinhas", dietas líquidas e até pensei numa cirurgia plástica geral. Mas tenho medo de morrer! Então, estou ainda na luta e parece até que estou comemorando antes de vitória. nada!
Estou é apostando que, um dia, vou vestir um biquíni de lacinho de novo.